sexta-feira, 22 de abril de 2011

História do Coração




Era uma vez um coração, que se apaixonou por outro coração. Cada batimento era em função do outro, cada ação para o outro, tudo era pelo outro. O amor entre eles parecia nunca se esgotar, grande e completo, infinito e real, verdadeiro e intenso. E não duvido que tenha sido. Quem sou eu parar julgar, se não uma simples mortal? Mas alguém disse para esse coração que um dia esse amor que ele sentia, acabaria. Indignado, brigou com todos que o contrariava, pois afirmava que o amor que ele sentia era puro e sincero, e pra ele amores assim nunca acabavam. Pobre coração... Não tinha vivido tempo suficiente pra entender a lógica da vida. Queria eu, que ele estivesse certo, que suas escolhas fossem fixas e eternas. Mas ele estava enganado, infelizmente. Certo dia, um dia qualquer como todos os outros dias, esse coração começou a ser ferido, machucado. Ele sentia dor, mas resistia, ele dizia que era eterno, ele ia fazer ser eterno, não importava o que as outras pessoas dissessem. Mas ele estava machucado, e sangrava muito, suas feridas pareciam nunca cicatrizar, sua dor parecia não cessar. Ele não queria estar errado, implorava aos céus, para ter feito a escolha certa. Mas quanto mais o tempo passava, mas aprendia que o eterno acabaria algum dia, e que não tardaria a chegar esse dia. Não agüentaria muito tempo, não suportaria a dor do sofrimento. Não resistiria. Enfim se rendeu. Não entendia. Seu coração continuava a doer, sentia falta, mesmo despedaçado, desacreditado, sentia saudades. Havia sobrado ainda a esperança. Oh esperança, porque tarda a morrer? Porque insiste em nos iludir? As lembranças continuavam vivas em seu interior, prolongando a cicatrização. Agora, sozinho, não tinha mais razão para continuar a bater, não tinha mais motivos para tal existência, perdia a alegria de viver. Certo dia, cansado de sua vida, cansado de sofrer por um amor, um amor que o consumia cada dia mais, que o matava aos poucos. Ele resolveu se reerguer, juntar os destroços e continuar, começar tudo de novo, do zero. Despedaçado, quebrado, machucado, desacreditado... Ele sabia que não seria fácil, ele sabia que poderia não conseguir, poderia desistir, que poderia não ter forças para lutar e voltar a viver. Voltar a achar motivos para viver, mas mesmo assim o fez, enfrentou os medos, enfrentou o passado, que tanto o atormentava, enfrentou as dores da cicatrização, e procurou cuidar de suas feridas, enfrentou a solidão. Ele conseguiu.E concertando-se ao poucos, o coração começou a criar animo, começou a juntar-se, começou a bater como antes, voltou a sorrir, o que antes se tornara impossível, aaah, a tanto tempo não sorria, a tanto tempo não sabia o que era ter vontade de viver,a tanto tempo não presenciava a alegria, a felicidade. Sua vida, era regada por lagrimas, decepções, frustrações, tristezas, desistência. Mas ele conseguiu. e Hoje as lembranças não o machucam mais, hoje trazem um belo sorriso, ele aprendeu, ele viveu, ele amou. E não precisou ninguém mostrar-lhe ou dar-lhe razão para viver. Ele quis, ele lutou, ele venceu. Pode não ser para sempre, mas torne eterno e faça valer a pena enquanto ainda existir amor. Não viva acreditando que durará ate o sempre, não viva acreditando que não durará. Viva sem se preocupar, apenas viva, sem medo.

Direitos Reservados a Larissa Porto Cohim – Feira de Santana Bahia

2 comentários:

Marcus Willian disse...

Muito bom Lary...gostei bastante,continui assim.

Marcus Willian disse...

Muito bom Lary,gostei bastante,continue assim.

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