sábado, 2 de fevereiro de 2013


Assassino de mim mesmo

Venho confessar um crime! Matei uma parte de mim.
Por favor, não faça essa cara.
Decidi, não por poucos motivos nem por simples acontecimentos, mas a sua existência já não cabia em um corpo que necessitava de outro para suporta-lo. Não foi fácil... Não são todos os dias que decidimos matar uma parte de nós. Ele era agradável, amoroso, simples, paciente, duro, e muitas vezes irredutível.Intenso nos beijos, abraços, carinhos, nas atitudes. Firme nas posturas, flexível nas situações.Aparentemente a parte que alguém nunca deveria esquecer abrir mão ou matar.
A complexidade deste ser era tão fantástica que ele não existia por existir, precisava de outra pessoa para que fosse vivo. Ela era o combustível para que ele permanecesse forte.Um lindo perfeito triste dia seu combustível decidiu ir embora, o deixando sozinho, a mercê de toda a sorte de pensamentos, sentimentos e pessoas.É ... Ele não ficou bem.
Você pode se perguntar: - Porque não esperou ele morrer?
Porque era forte demais para morrer com facilidade, fora nutrido dia após dia com dozes generosas da mais potente substância ativa, o amor.
Interessante não é?
Eu poderia passar noites ou dias refletindo sobre o motivo desse acontecimento, mas nessa confissão relato tudo o que aconteceu para você, pois não honesto de minha parte te contar meias verdades.
Seu assassinato foi composto por golpes brutais de esquecimento e dor,além de pancadas violentas de tristeza.Até hoje me lembro da sua cara de dor e de como se contorcia em meio aos golpes, seu sangue jorrava e respingava minhas roupas, eu sentia nojo mas ao mesmo tempo a sensação de dever cumprido.Lembro-me de quando terminei que olhei para seu corpo e lembrava de quando sorria, e do quanto me fazia bem tê-lo junto comigo.Fechei os olhos e respirei fundo, arrumei o corpo e o deixei-o.
Parte de mim passou a ser um cadáver onde o sepulcro encontra-se aberto sem caixão e sem um grama de areia sobre o corpo.Ele continua a se decompor, fede e não é agradável, mas este é um processo natural onde a natureza absorve tudo o que pode ser reaproveitado afim de trazer algum beneficio para o ambiente.Este ambiente (meu coração) está dia após dia se recuperando desta grande perda.
Confesso! Não me arrependo de tê-lo matado. Seria mais doloroso manter ele vivo.
Um passo de cada vez é assim para prosseguir.
Espero que um dia um novo amor plante no meu coração um novo “Eu” .
Hoje continuo sendo eu, não um “meio eu” mas um “eu completo”.
Aqui Jaz “Eu”.
Aqui vive “EU”.
---  Iago Brilhante 

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